Sinopse:
Jodie tem apenas 8 anos. Colocada para adoção, violenta e extremamente
agressiva, passou por cinco famílias em quatro meses. A última esperança antes
que a menina seja levada para uma instituição é Cathy, que vai recebê-la em sua
casa. No início as coisas vão mal, muito mal mesmo. Mas, apesar das imensas
dificuldades para lidar com Jodie, Cathy não desiste e usa todo o seu amor,
paciência e experiência para ajudá-la. E, quanto mais a pequena confia em
Cathy, mais esta descobre fatos medonhos sobre o triste passado da criança. Os
pais – que deveriam ter cuidado com muito amor de Jodie – são as mesmas pessoas
que interromperam sua infância, que acabaram com sua vida. O futuro de Jodie é
nebuloso, mas Cathy irá ficar ao lado dela. Até quando puder.
Título: Infância Interrompida
Autor:
Cathy GlassEditora: Fundamento Edição: 1 Ano: 2013 páginas: 288 |
Resenha:Hoje,
eu trago um livro que quando o escolhi me alertaram: “É forte, prepare os lencinhos”...
mas, como é de costume da grande maioria das pessoas (e eu me incluo nessa
maioria), achei que fosse algum exagero normalmente cometido pelas pessoas no
momento da descrição de qualquer coisa.
Não
sei como colocar em palavras aqui, o que senti quando terminei de ler esse livro, aliás, o que
senti durante toda a leitura.
“Infância
Interrompida” é chocante, forte, aterrorizante, pesado, cruel... adjetivos não
faltam.
O
livro trata da história real de Cathy Glass, durante o acolhimento de Jodie,
uma garota de apenas 8 anos, com muitos distúrbios, chiliques, crises violentas,
diversas identidades diferentes que assume de uma hora pra outra, e que teve 5
lares diferentes em menos de 4 meses. Cathy era a última cartada dos agentes sociais
para tentar ajudar Jodie.
Muito
experiente, Cathy abrigou mais de 50 crianças em mais de 20 anos, mas certamente,
nenhuma como Jodie e seu passado assombroso.
A
princípio eu não simpatizei muito com Jodie, por ela ter colocado fogo no
cachorro de estimação de seu pai, iniciando assim um incêndio em casa, o que a
levou a ser retirada dos pais pelo serviço social. Mas antes disso, ela já se encontrava
numa lista de risco desde que nascera, onde era claro que necessitaria ser
assistida de perto, mas por burocracias, problemas e lentidões do sistema, ela foi
esquecida.
Obvio
que eu não fazia ideia dos motivos que a levaram a tais atos bárbaros, sádicos,
cruéis, e nem por tudo que aquela pequena criança passara, e todo sofrimento que
nunca mais sairá de sua alma.
Todas
as famílias acolhedoras de antes não souberam lidar com tudo isso, e uma das
acolhedoras chegou a descrever Jodie com a seguinte frase: “Um pequeno demônio encarnado,
cujo tamanho, força e pura maldade estavam na mais completa desproporção a sua
idade”. Mas Cathy decidiu não desistir, apesar das noites sem dormir, com
cansaço extremo físico e mental. Cathy demonstra ser uma guerreira. E, lendo
tudo que Cathy passou, certamente eu seria mais uma que devolveria a pequena
Jodie, não teria nem um milésimo de sua paciência, de seu autocontrole, sua
bondade, e de seu amor.
A leitura vale a pena, é forte, mas muito emocionante!
Também vale ressaltar que essa leitura é um tapa na cara de todo mundo, do começo ao final mostra que
o perigo muitas vezes está dentro de casa. Muitas vezes os próprios pais acabam
com a ingenuidade, com a infância e até mesmo com a própria vida das crianças. E
que a falta de denuncia de quem vê, ou pra quem a criança venha a se abrir
sobre o que aconteceu, é um erro tão grave quanto a própria agressão. Por isso,
fica um apelo:
Obrigada, Ed. Fundamento, por essa leitura maravilhosa! =D
Beijos
Natália
Schimpf
Fiquei com muita vontade de ler esse livro. Parece ser um daqueles que nos emocionam fortemente e faz com que as lágrimas rolem de forma abundante.
ResponderExcluirJá coloquei na minha lista de leitura.
M&N | Desbrava(dores) de livros - Participe do nosso top comentarista de Maio
Caramba, nem sei se teria coragem de ler um livro como esse! Parece ser extremamente forte e, como inclui crianças, tenho certeza de que iria chorar, rs.
ResponderExcluirSó pelo título me chamaria a atenção, mas tem que ter muito estômago pelo que eu vi na sua resenha. Parabéns pela sinceridade.
Beijos,
Thay.
www.missthay.com
Que triste... acho qur não estou preparada para ler um livro como esse, a carga emocional é muito forte e intensa e so de imaginar o que essa criança passou já sinto arrepios. Mas parece ser um bom livro para as pessoas perceberem que nem tudo é o que parece e que o mundo não é tão belo quanto gostariamos.
ResponderExcluirBeijos e abraços, Uma vida nos livros
Parece ser um livro triste e difícil de ler, não por ser ruim, o que não acho que seja, mas por ser forte e emocionante. Recentemente li um livro parecido "A Linguagem das Flores" também fala sobre adoção, crianças consideradas inaptas para adoção. E foi muito emocionante, então acho que esse seguirá uma linha parecida só que com 10 vezes mais emoção.
ResponderExcluir